terça-feira, 27 de novembro de 2012

Manter o Contacto Visual - Missão Impossível? (vídeo divertido)

Bom dia meus amig@s da Linguagem Corporal,

Encontrei este vídeo divertido para demonstrar o quanto por vezes é difícil manter o contacto visual com quem falamos. 

Reparem na luta cerebral destes senhores...
Abraço

Se gostarem partilhem com os vossos amig@s e comentem.
Obrigado




terça-feira, 20 de novembro de 2012

Qual a facilidade de apanhar uma mentira?



Bom dia meus amigos,
No seguimento de imensas perguntas que me têm sido feitas sobre a utilização da linguagem não-verbal para detecção de mentiras, decidi Postar esta breve entrevista ao Dr. Sérgio Senna, feita no portal Abordagem Policial. 

Espero que seja do vosso agrado. 

Aproveitem para deliciar a vossa curiosidade e aprenderem um bocadinho mais sobre este tema tão apetecido e controverso.
Afinal, é tão divertido apanhar os outros a mentir. 




Entrevista: detectando mentiras – Sérgio Senna

A mentira é parte essencial da prática delituosa, afinal, ninguém razoavelmente consciente se exporá às desvantagens punitivas que o cometimento de crimes tem como consequência. É por isso que os policiais e demais operadores do sistema criminal devem estar atentos e desconfiados das afirmações de suspeitos, evitando cometer erros que podem ser trágicos.

Em todo o mundo, estudos e métodos para detectar mentiras são realizados, visando diminuir a margem de erro nas investigações policiais e judiciais. No Brasil, um dos principais especialistas no assunto é o doutor Sérgio Senna, psicólogo que ministra cursos sobre linguagem corporal, e já treinou policiais em vários estados do país – inclusive a Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal brasileira. O Abordagem Policial entrevistou com exclusividade Sérgio, que falou sobre as possibilidades na “detecção de mentiras”:

Abordagem: É possível descobrir que uma pessoa está mentindo com qual nível de certeza?
Sérgio: Uma pessoa treinada pode atingir uma performance entre 80 a 90% de acertos na identificação da mentira. Esses dados constam em pesquisas científicas realizadas pelo Dr. Paul Ekman e outros norte-americanos. Entretanto, é importante ressaltar que, para atingir esse índice, o analista utiliza outras técnicas de investigação. A análise do comportamento não-verbal serve para que ele oriente a sua atenção para o que o mentiroso está tentando ocultar.

Abordagem: Há pessoas com mais habilidades para mentir do que outras?
Sérgio: Sim, mentir não é fácil. O mentiroso precisa inventar uma versão nova, misturar sua narrativa com algumas verdades, controlar suas emoções e lembrar de tudo que contou para não cair em contradição.
Em termos cognitivos, isso é um desafio para qualquer pessoa. No entanto, alguns seres humanos desenvolvem habilidades especiais nesse campo e apresentam as seguintes características que chamo de perfil do mentiroso profissional:
- São bons atores e o seu comportamento natural afasta suspeitas;
- Estão bem preparados para responder perguntas e são originais, o que permite a construção de versões razoáveis e capazes de enganar;
- Pensam rápido, então não demonstram a natural indecisão ou demora em responder;
- São eloquentes, portanto articulam bem o idioma falado;
- Têm boa memória, daí conseguem repetir as suas versões sem despertar suspeitas;
- Controlam bem as emoções (medo, culpa ou alegria), o que exige do analista do comportamento não-verbal a observação de detalhes que farão a diferença.
Essas características de desenvolvidas ao longo da vida, sem dúvida, melhoram o desempenho de certos mentirosos.



Abordagem: Existe alguma forma de tornar mais evidentes os sinais de uma mentira?
Sérgio: Sim, a aplicação das técnicas de observação do comportamento não-verbal associadas com a realização de perguntas e o fornecimento de outros estímulos pode auxiliar um entrevistador a identificar os aspectos relacionados à mentira. É necessário lembrar que um mentiroso bem-sucedido tentará: (1) misturar mentiras e verdades e (2) acrescentar elementos à sua versão com o objetivo de esgotar a capacidade dos meios de investigação, tornando-a complexa. O emprego das técnicas garante que a atenção do entrevistador esteja focada nos aspectos que interessam à investigação, não obstante as tentativas do mentiroso para dissimular os fatos.

Abordagem: No caso dos psicopatas, que não possuem sensibilidade e afetividade, os sinais de mentira são inexistentes?
Sérgio: Sempre há algum indicador comportamental que pode indicar um mentiroso. No caso do transtorno de personalidade antissocial, conhecido popularmente como psicopatia, há severas alterações do funcionamento do Sistema Límbico, o que acarreta uma forma muito diferente dessas pessoas experimentarem suas emoções.
Equivocadamente, a psicopatia tem sido interpretada como “ausência total de emoções”. Nesse contexto, o psicopata desenvolve uma falta de empatia com as pessoas, transformando algumas delas em suas vítimas. Existem diversos tipos de psicopatas, poucos deles são assassinos e a maioria desenvolve um prazer em causar o sofrimento alheio, que constitui em elemento central para a compreensão dessa patologia.
É bom lembrar que outras habilidades são desenvolvidas pelos psicopatas para atingirem os seus objetivos, como (1) a simpatia simulada, (2) estratégias avançadas em comunicação e a (3) percepção das necessidades de suas vítimas. Nos psicopatas mais perigosos, essas habilidades são desenvolvidas ao extremo, como nos casos de Ted Bundy e Dennis Rader que, em um primeiro momento, conseguiram a adesão da comunidade em sua defesa por causa da concepção de que seriam totalmente incapazes de cometerem os crimes dos quais foram acusados. Mesmo assim, revendo os depoimentos desses criminosos, é possível identificar sinais da mentira.



Abordagem: De maneira geral, como as técnicas de detecção de mentira são utilizadas pelas justiças mundo afora?
Sérgio: De forma geral, a análise do comportamento não-verbal e outras técnicas como o polígrafo, por exemplo, são utilizadas como meios importantes na fase inquisitorial de forma a orientar a atenção dos investigadores e como meio de contraposição às tentativas do mentiroso de esgotar a capacidade investigativa. Com o emprego dessas técnicas, outros tipos de provas são produzidos a partir das informações que o mentiroso tentava esconder, o que robustece o conjunto probatório. Em raros casos (basicamente ocorre em países anglo-saxões), o polígrafo ou a análise do comportamento não-verbal são aceitos como prova na fase judicial.
No entanto, mesmo no Brasil, cada vez mais os juízes estão se capacitando nesse tema de forma a perceberem melhor a mentira nos interrogatórios e processos que conduzem.

Abordagem: Para policiais que trabalham na rua, sob momentos de tensão, é seguro apontar evidências de uma mentira?
Sérgio: Sim, pois o correto treinamento constitui-se no elemento que garantirá o emprego eficaz das técnicas em tais situações. É justamente no contexto de maior tensão que a utilização correta das técnicas pode fazer a grande diferença, pois permite ao policial focar a sua atenção nos indicadores que interessam, ajudando-o a decidir, à luz de sua experiência pregressa, sobre os encaminhamentos necessários como por exemplo quem deverá prestar depoimentos mais detalhados ou sobre qual assunto alguém deverá se delongar em sua narrativa.

Autor: Danillo Ferreira

Do website: http://abordagempolicial.com/2012/11/entrevista-detectando-mentiras-sergio-senna/

domingo, 11 de novembro de 2012

sábado, 3 de novembro de 2012

Ter as lojas apinhadas de clientes, positivo ou negativo?



Boa tarde meus amigos, 
aqui transcrevo um artigo engraçado sobre as vantagens, ou não, de ter muita gente dentro de uma loja. 
Será benéfico ou prejudicial ao negócio?
Artigo realizado por Edinaldo Oliveira.
Espero que vos seja útil.
Boas observações  

 
"Aglomeração em sua loja é um fator positivo?

Com a aproximação do final de ano, muitas lojas e espaços comerciais (como shoppings center, galerias, etc) começam a preparar a decoração de natal, e isto nos remete as lembranças de nossas últimas compras de natal, o quão sofrível pode ser esta atividade, ofuscando um pouco o sentido do verdadeiro “clima de natal”. 



Isto fica claro nas constantes reclamações dos consumidores e em suas faces pouco sorridentes, basta verificar com um pouco mais de atenção as pessoas no centro da cidade nesta época. 

Para quem possui algum tipo de comércio, nesta época terá o movimento da sua loja intensificado. É neste ponto que devemos ficar atentos: 
aglomerações no ambiente da loja podem prejudicar nossas vendas?

Evidentemente que muitos fatores podem fazer parte da equação desta resposta (inclusive muitas variáveis da proxêmica), entretanto, através do experimento de superpopulação, feito pelo etólogo – quem estuda comportamento animal – e pesquisador comportamental John Calhoun, com ratos, em meados de 1950/60, podem nos indicar algumas evidências do quão prejudicial pode ser  muitas pessoas dividindo um espaço restrito.

Tais estudos inclusive foram utilizados como base para o desenvolvimento da teoria acerca da proxêmica, por Edward T. Hall

Como ocorreu a experiência?

Em 1962, John Calhoun publicou na revista Scientific American um estudo de grande repercussão no meio científico. Sob o título “Densidade Populacional e Patologia Social”, foi descrito em um experimento as consequências do aumento da população de ratos em uma gaiola com um comedouro na parte central e outros distribuídos pelos cantos, onde ia sendo aumentado progressivamente o número de ratos no interior de uma gaiola. O aumento da população tornava-os agressivos, capazes de atacar sexualmente e de devorar os demais.

No final, com a gaiola apinhada, os ataques sexuais e as mortes se multiplicavam, bem como a ferocidade das lutas em defesa de posições privilegiadas junto à vasilha com comida colocada na parte central, embora houvesse acesso fácil aos comedores localizados nos cantos da gaiola. O autor concluiu que a superpopulação coloca o indivíduo e o sistema social sob estresse, mecanismo responsável pela eclosão de violência.

O artigo “Densidade Populacional e Patologia Social”, passou a ser citado 150 vezes por ano. Desde então, seu estudo foi incluído como um dos “Quarenta estudos que mudaram a Psicologia”, comparando-se com artigos de grandes pensadores, como Freud, Pavlov, Milgram, Rorschach, Skinner e Watson (Hock, 2004)


Evidentemente que uma só experiência, com ratos, não poderia refletir o mesmo resultado, pois somos seres de complexidade maior. Entretanto, com ressalvas, o estudo tem seus méritos, se agregado com outros fatores (como culturais, proxêmicos, regras de exibição, etc). 



Voltando as compras.

Após trazermos à tona os estudos de John Calhoun (com as ressalvas indicadas anteriormente, pois não podemos afirmar que o experimento por si só é conclusivo e adaptativo para nossa realidade, tal qual como foi feito), podemos perceber a importância de dispor de um espaço adequado em nossa loja, bem climatizado, com espaços bem definidos, informações de fácil acesso, etc.

Preste atenção na próxima vez que frequentar algumas lojas, em quais você se “desligou” do ambiente por ter suas necessidades, mesmo que apenas as fisiológicas (como calor, sede, nível de ruído, etc) atendidas, podendo se concentrar exclusivamente na compra. Agora imagine fazer a mesma compra em um lugar quente, com alta poluição visual e sonora, dentre outros fatores “perturbadores”, qual loja provavelmente seria a escolhida para efetuar a compra?

Sem entrar em questões mais complexas de nossa psiquê, como satisfação, status, etc. Pense nisso!

Abaixo, destacamos alguns exemplos práticos de como diminuir os efeitos negativos da aglomeração:

Ø  Quanto mais amplo o espaço e menos “barreiras” (como móveis, por exemplo) existirem, melhor, tendemos a ficar mais à vontade neste tipo de “configuração”, algumas lojas já adotam este conceito, fornecendo um amplo espaço para o cliente circular dentro da loja (muitas vezes maior que a própria vitrine com os produto);

Ø  Evite entradas da loja e demarcações para filas com espaços restritos, pois se as pessoas estiverem se esbarrando na loja, a menos de 30 cm umas das outras, tenha certeza de que estarão se sentindo muito desconfortáveis;

Ø  Climatize o ambiente de forma agradável (nem muito frio, nem muito quente). Sabemos que este critério é um pouco subjetivo, portanto use do bom senso;

Ø  Deixe à disposição alguém que possa fornecer informações ou qualquer “mimo” para o cliente. Algumas redes possuem atendentes especializados nos produtos e outros especializados em tornar o ambiente mais agradável, oferecendo água, suco, etc;

Ø  Tente tornar o ambiente “acolhedor”, um exemplo que vem crescendo bastante é o espaço para o marido, filho, acompanhante, etc da cliente: um espaço reservado com sofá, tv, ar condicionado, bebidas, brinquedos, etc…tudo para que a cliente fique à vontade para observar/comprar os itens da loja. Note que isto é muito comum em revendas de automóveis, separando um espaço mais confortável para o cliente.

Estes foram apenas alguns exemplos, assim, reflitam bastante na criação dos “ambientes comerciais”, e caso o mesmo já esteja pronto, tente avaliar o que pode ser melhorado nos termos propostos no presente artigo, as vezes, pequenas alterações podem repercutir positivamente nas vendas."

Obrigado
e boas observações ;)