segunda-feira, 2 de abril de 2012

Como surgiu o interesse pela linguagem não-verbal

Certo dia, no final do ano de 2010 recebo no meu e-mail, da parte de uma anterior professora da universidade, Cláudia Almeida, um convite para ir assistir a uma palestra sobre networking.
O programa pareceu-me interessante, mas para não ser mais um daqueles eventos com que as pessoas enchem currículo e que não traz qualquer valor acrescentado, decidi fazer previamente uma ligeira pesquisa sobre os oradores e sobre os temas.
Sendo uma área que era “moda” em palestras, artigos e livros, achei por bem ir assistir dado o currículo que os oradores apresentavam.

Foi nesse dia de inverno Algarvio que conheci o Filipe Carrera. www.filipecarrera.com
No final do evento, tive o prazer de o conhecer e trocarmos umas boas 3 horas de ideias.
Foi-me apresentada uma associação de Jovens líderes mundiais, da qual o Filipe tinha sido o fundador do grupo em Portugal e ainda se mantinha como senador, a JCI. www.jci.cc
Era de interesse comum expandir a associação a nível nacional.
Depois de algumas reuniões e contactos com outros intervenientes nacionais, decidimos abrir o núcleo no Algarve.

O nosso primeiro evento local foi realizado na Universidade do Algarve em Janeiro de 2011. Tinha como objetivo dar a conhecer a associação a outras pessoas e dar uma formação inicial de como fazer uma apresentação e falar em público.
Nesse dia estiveram presentes para alem dos convidados, o Filipe, o Rui (o então presidente Nacional da JCI e coincidentemente amigo de longa data) e uma convidada especial internacional, da JCI Roménia e especialista em linguagem corporal de seu nome Mihaela Stroe.  

O evento foi muito divertido e de uma aprendizagem enorme. O grupo presente esteve tão unido e interligado que nos foi sugerido pelo Filipe que a Mihaela estaria disposta a dar-nos uma formação gratuita inicial de linguagem corporal, como agradecimento pelo excelente dia e acolhimento que o grupo lhe tinha feito.
No jantar dessa mesma noite, tive oportunidade de saciar alguma da minha curiosidade com a Mihaela. Explicou-me melhor o que era a linguagem não-verbal e a importância que esta tinha na nossa vida cotidiana, a nível profissional e pessoal. Despertou-me um interesse gigante. Mas foi na formação do dia seguinte que tudo começou. Fiquei deliciado com o tema e pela maneira como foi exposto.

Nesse momento começou uma paixão que juntei à área profissional e pessoal.  

Desde sempre que gosto de observar pessoas. Ver como reagem, como estas interagem e como sentem. Nunca me apercebi que era uma ciência, uma arte, e que teria uma imensa vantagem competitiva sobre as outras pessoas se a dominasse. Por vezes dava por mim em locais públicos a observar e a ler as pessoas, era fascinante.

Comecei a ler imenso sobre o tema, livros de especialistas, artigos, blogues, etc. E melhor, comecei a ter formação com a Mihaela, a minha Mentora, como a gosto de chamar carinhosamente. 

Este blogue é escrito com o intuito de partilhar toda esta informação e aprendizagem convosco. É um processo evolutivo e contínuo. Terei todo o prazer que comentem e que acrescentem algo mais para o meu conhecimento.

Gostava imenso da frase “A comunicação não é o que você diz, mas o que os outros entendem!”. Decidi altera-la para A comunicação é o que você faz e como influencia os outros a entenderem.

Cumprimentos. 



2 comentários:

  1. a linguagem corporal é interessante mas ao mesmo tempo quando tomamos conhecimento de alguns comportamentos deixamos de ser genuínos, puros, porque sabemos a informação que vamos transmitir, e agimos como actores, certo?

    Depois de compreenderes a linguagem corporal quantas vezes aplicas te as teorias a teu favor? ou apenas para te divertires? para ver a reacção da outra pessoa? (não é uma critica, apenas uma observação) ;D

    não te sentes como um robot, a controlar a tua própria linguagem corporal, para influenciar outras pessoas?


    por um lado é óptimo compreender a linguagem corporal mas por outro deixamos de ser nós próprios, não sentes isso?

    Até que ponto a linguagem corporal pode ser analisada como geral ou universal?

    desculpa pelas perguntas, muito interessante o blog, parabens!

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  2. Ola, boa tarde Sr. ou Sra. Anónimo/a :)
    Muito interessantes as perguntas, vou partilhar a minha opinião.
    Eu não me sinto um robot porque acho que todos nós tentamos sempre de uma maneira ou de outra influenciar outros, diversas vezes durante o nosso dia. Simplesmente agora vão me surgindo melhores maneiras de o fazer. O que acontece é que nós temos sempre diversos comportamentos para agradar outros. Por exemplo, um homem, sempre que uma mulher bonita passa por ele, tem a tendência de esticar o peito, para se tornar mais alto e fazer se mais notado. Isso é um comportamento influênciador :) e divertido de ver.
    Eu honestamente não controlo muito a minha linguagem corporal, vou a moldando naturalmente, porque há coisas que realmente sinto que são melhores para mim se as mudar. Não para unicamente influenciar outros mas para também me influenciar a mim.
    Já fiz muitos testes para ver reações, não para me divertir mas para descobrir se realmente funciona e como funciona.
    A linguagem corporal deve ser analisada individualmente, porque temos de criar uma linha de base de comparação no comportamento, para poder ser feita uma análise mais clara e real, mas há comportamentos que são universais.
    Esclareci tudo?
    Obrigado pelas perguntas e comentários.
    Mais são muito bem vindos

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