sábado, 3 de novembro de 2012

Ter as lojas apinhadas de clientes, positivo ou negativo?



Boa tarde meus amigos, 
aqui transcrevo um artigo engraçado sobre as vantagens, ou não, de ter muita gente dentro de uma loja. 
Será benéfico ou prejudicial ao negócio?
Artigo realizado por Edinaldo Oliveira.
Espero que vos seja útil.
Boas observações  

 
"Aglomeração em sua loja é um fator positivo?

Com a aproximação do final de ano, muitas lojas e espaços comerciais (como shoppings center, galerias, etc) começam a preparar a decoração de natal, e isto nos remete as lembranças de nossas últimas compras de natal, o quão sofrível pode ser esta atividade, ofuscando um pouco o sentido do verdadeiro “clima de natal”. 



Isto fica claro nas constantes reclamações dos consumidores e em suas faces pouco sorridentes, basta verificar com um pouco mais de atenção as pessoas no centro da cidade nesta época. 

Para quem possui algum tipo de comércio, nesta época terá o movimento da sua loja intensificado. É neste ponto que devemos ficar atentos: 
aglomerações no ambiente da loja podem prejudicar nossas vendas?

Evidentemente que muitos fatores podem fazer parte da equação desta resposta (inclusive muitas variáveis da proxêmica), entretanto, através do experimento de superpopulação, feito pelo etólogo – quem estuda comportamento animal – e pesquisador comportamental John Calhoun, com ratos, em meados de 1950/60, podem nos indicar algumas evidências do quão prejudicial pode ser  muitas pessoas dividindo um espaço restrito.

Tais estudos inclusive foram utilizados como base para o desenvolvimento da teoria acerca da proxêmica, por Edward T. Hall

Como ocorreu a experiência?

Em 1962, John Calhoun publicou na revista Scientific American um estudo de grande repercussão no meio científico. Sob o título “Densidade Populacional e Patologia Social”, foi descrito em um experimento as consequências do aumento da população de ratos em uma gaiola com um comedouro na parte central e outros distribuídos pelos cantos, onde ia sendo aumentado progressivamente o número de ratos no interior de uma gaiola. O aumento da população tornava-os agressivos, capazes de atacar sexualmente e de devorar os demais.

No final, com a gaiola apinhada, os ataques sexuais e as mortes se multiplicavam, bem como a ferocidade das lutas em defesa de posições privilegiadas junto à vasilha com comida colocada na parte central, embora houvesse acesso fácil aos comedores localizados nos cantos da gaiola. O autor concluiu que a superpopulação coloca o indivíduo e o sistema social sob estresse, mecanismo responsável pela eclosão de violência.

O artigo “Densidade Populacional e Patologia Social”, passou a ser citado 150 vezes por ano. Desde então, seu estudo foi incluído como um dos “Quarenta estudos que mudaram a Psicologia”, comparando-se com artigos de grandes pensadores, como Freud, Pavlov, Milgram, Rorschach, Skinner e Watson (Hock, 2004)


Evidentemente que uma só experiência, com ratos, não poderia refletir o mesmo resultado, pois somos seres de complexidade maior. Entretanto, com ressalvas, o estudo tem seus méritos, se agregado com outros fatores (como culturais, proxêmicos, regras de exibição, etc). 



Voltando as compras.

Após trazermos à tona os estudos de John Calhoun (com as ressalvas indicadas anteriormente, pois não podemos afirmar que o experimento por si só é conclusivo e adaptativo para nossa realidade, tal qual como foi feito), podemos perceber a importância de dispor de um espaço adequado em nossa loja, bem climatizado, com espaços bem definidos, informações de fácil acesso, etc.

Preste atenção na próxima vez que frequentar algumas lojas, em quais você se “desligou” do ambiente por ter suas necessidades, mesmo que apenas as fisiológicas (como calor, sede, nível de ruído, etc) atendidas, podendo se concentrar exclusivamente na compra. Agora imagine fazer a mesma compra em um lugar quente, com alta poluição visual e sonora, dentre outros fatores “perturbadores”, qual loja provavelmente seria a escolhida para efetuar a compra?

Sem entrar em questões mais complexas de nossa psiquê, como satisfação, status, etc. Pense nisso!

Abaixo, destacamos alguns exemplos práticos de como diminuir os efeitos negativos da aglomeração:

Ø  Quanto mais amplo o espaço e menos “barreiras” (como móveis, por exemplo) existirem, melhor, tendemos a ficar mais à vontade neste tipo de “configuração”, algumas lojas já adotam este conceito, fornecendo um amplo espaço para o cliente circular dentro da loja (muitas vezes maior que a própria vitrine com os produto);

Ø  Evite entradas da loja e demarcações para filas com espaços restritos, pois se as pessoas estiverem se esbarrando na loja, a menos de 30 cm umas das outras, tenha certeza de que estarão se sentindo muito desconfortáveis;

Ø  Climatize o ambiente de forma agradável (nem muito frio, nem muito quente). Sabemos que este critério é um pouco subjetivo, portanto use do bom senso;

Ø  Deixe à disposição alguém que possa fornecer informações ou qualquer “mimo” para o cliente. Algumas redes possuem atendentes especializados nos produtos e outros especializados em tornar o ambiente mais agradável, oferecendo água, suco, etc;

Ø  Tente tornar o ambiente “acolhedor”, um exemplo que vem crescendo bastante é o espaço para o marido, filho, acompanhante, etc da cliente: um espaço reservado com sofá, tv, ar condicionado, bebidas, brinquedos, etc…tudo para que a cliente fique à vontade para observar/comprar os itens da loja. Note que isto é muito comum em revendas de automóveis, separando um espaço mais confortável para o cliente.

Estes foram apenas alguns exemplos, assim, reflitam bastante na criação dos “ambientes comerciais”, e caso o mesmo já esteja pronto, tente avaliar o que pode ser melhorado nos termos propostos no presente artigo, as vezes, pequenas alterações podem repercutir positivamente nas vendas."

Obrigado
e boas observações ;)

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Diz-me onde sentas, e te direi quem és.



Boa tarde meus amigos, espero que se encontrem bem, e que os últimos Posts tenham sido proveitosos.

Este Artigo que aqui transcrevo tem uma importância muito grande nos negócios e que normalmente é esquecida. 
A forma de sentar é fundamental para infuenciar positivamente ou negativamente os nossos parceiros ou clientes.

Tenham em atenção a interpretação do espaço.
Espero que gostem.
Este artigo foi escrito por Edinaldo Oliveira, que tem feito um trabalho muito interessante na área da Não-verbal no Brasil.




"Lembremos da lenda dos Cavaleiros da Távola Redonda, onde homens foram premiados com a honra de poder participar da corte do Rei Arthur, onde, a princípio, todos os cavaleiros teriam igual quantidade de autoridade e status. O próprio círculo é um símbolo universal de unidade. 



Mas o rei Arthur estava inteiramente certo ao supor que todos teriam poder e status igualmente partilhados?

Ainda nos referenciamos à Távola Redonda, mesmo sem saber a  origem da história, quando falamos que tal pessoa é o “braço direito” de si ou de outrem.

Mas o porquê dessa expressão?
Os estudos iniciados pelo antropólogo Edward T. Hall, referentes à interpretação do espaço ou do modo como as pessoas se colocam espacialmente em relação às outras, área esta que ficou conhecida como proxémica, não eram de conhecimento do Rei Arthur, mas o mesmo já demonstrava o quão importante era a perceção do semelhante em relação à simples ocupação em uma mesa.

O psicólogo Robert Sommer continuou a desenvolver estudos na área, diversos trabalhos foram publicados, abordando invasão de espaço pessoal, comportamento no trabalho, entre outras publicações.

Para um melhor entendimento desta área, seria interessante a leitura do artigo “Como perceber o desconforto no abraço?“. Aqui iremos abordar como devemos utilizar este conhecimento para melhorar a relação com nosso cliente, deixando-o mais confortável possível em um ambiente “estranho”, que no caso, pode ser sua loja, stand de venda ou espaços semelhantes.

A expressão “braço direito”, então, deve-se à tamanha proximidade entre as pessoas, que no caso dos Cavaleiros da Távola Redonda, seria alguém imediatamente ao lado do rei. A título mais de curiosidade:  porque braço direito e não esquerdo? Reza a lenda que ficou intitulado o lado direito, e não o esquerdo, pela maior dificuldade de apunhalar o rei, já que o possível agressor teria que utilizar o braço direito, gerando mais dificuldades no ataque, dificuldade esta não encontrada por um possível agressor do lado esquerdo.

Termos como “Perder a cabeça”, “braço direito”, “fique frio”, entre outro, estão muito ligadas também a metáforas na psicologia.

Dança das cadeiras

Essa perceção da condição espacial ainda é muito falha por parte dos publicitários, pois  andando em shoppings, congressos e centro de compras, podemos perceber vários exemplos de stands de venda, e até lojas, que apesar de possuírem um ambiente com design moderno, falha na recetividade para com o cliente.

Conforme abordaremos em artigos futuros, falhas deste tipo também surgem em programas de TV intitulados como “Talk Show“, ou seja, muitas vezes tais erros são cometidos não por falta de recursos na composição do cenário, mas sim, por desconhecimento de estudos citados no início deste artigo. Ao longo dos artigos demonstraremos diversos exemplos, e como podemos melhorar a disposição do ambiente a fim de proporcionar um maior “conforto espacial” para os possíveis visitantes.

É necessário deixar claro que nossa intenção é, inicialmente, trazer à tona este conhecimento de forma muito focada e prática, especialmente para a publicidade e vendas.

É muito importante ter em mente que a abordagem proxémica aqui tratada, apenas servirá de base para podermos avançar na proposta de reflexão sobre a conformação de locais mais propícios para uma melhor relação com o cliente, abordando inclusive como nos comportar diante do cliente da melhor forma, dentro deste ambiente – seria impossível esgotar este assunto em um artigo, dada a complexidade da área que estuda a proxémica.

Vamos iniciar apresentando alguns conceitos:

Observem a disposição da mesa na figura 1, podemos perceber algumas diferenças:


FIGURA 1

Vamos supor que somos o sujeito B, e vamos nos sentar à mesa com o sujeito A:
- A posição B1 possibilita uma visão privilegiada sem demonstrar intenções de invadir o espaço alheio, como seria na posição B3, e não é familiar demais como na posição B2;
- A posição B2 possibilita cooperarmos com algo e criar um relacionamento;
- A posição B3 é uma posição que demonstra uma atitude um pouco mais defensiva (perceba que quando jogamos xadrez, dama, e outros jogos de tabuleiro, sempre ficamos na posição oposta ao outro);
- A posição B4 indica falta de envolvimento (geralmente quando sentamos em uma mesa com estranhos ou queremos indicar desejo de ficar só).

Lembrem-se, estamos tratando aqui a base teórica para ambientes de vendas, como stands e lojas. Nosso foco está nos aspetos que facilitam a comunicação verbal e a interação entre as pessoas. Para utilizar tais conceitos em um ambiente familiar, reuniões de maior grupo e outros contextos será necessário considerar diferentes fatores.

Observem a decomposição feita na mesma mesa:
Implementamos mais um recurso: a mesa redonda. Observem que, quando utilizamos a mesa no formato circular, ficamos mais próximos, embora ainda “protegidos” por um pequeno pedaço da mesa, mas ao mesmo tempo em uma posição mais positiva, que não indica indiferença, agressividade, defesa e muito menos invasão de espaço do próximo. Esta conversa permite um tom mais informal e propicia bom contato visual.



FIGURA 2

Outro exemplo bastante interessante para nossas observações é a da figura 3:


FIGURA 3
Mesmo em uma mesa no formato retangular, A e B2 possuem uma proximidade mais cooperativa. É uma das melhores posições para alguém apresentar uma proposta e ter mais hipóteses de sucesso – um exemplo básico: quem estuda com algum colega (colégio/faculdade/trabalho), geralmente opta por esse posicionamento, demonstrando uma atitude mais cooperativa, partilhando assim de suas opiniões e considerando as do colega – este fator gravado na memória do cliente, o torna mais recetivo para escutar uma possível proposta oferecida por um vendedor.

Por último, a posição mais utilizada por vendedores – muitas vezes de forma incorreta, que é representada na figura 4:




FIGURA 4

Neste posicionamento, os interlocutores ficam frente a frente, podendo criar um clima não tão favorável, a mesa apenas contribui para este resultado, servindo como “barreira” entre os dois. 
Baseando-se nisso, porque as empresas ainda insistem em propagar este tipo de modelo?

Evidentemente que neste artigo, apesar do enfoque na proxémica, devemos utilizar outras perceções da linguagem não-verbal."

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Concurso "Crie um logo para o Blogue"





Meus amigos, chegou a altura de criar uma imagem mais clean e mais atraente para o meu Blogue.

Venho deste modo criar um CONCURSO para quem possa estar interessado em me ajudar. 

Existem excelentes designers e curiosos por esta “net” fora. Há que aproveitar o seu excelente trabalho e criatividade.

Com os tempos que correm só posso propor uma parceria. 

Irei publicitar a imagem e logo vencedora constantemente, para retribuir o trabalho. 

Irei também pedir ajuda aos amigos que seguem o meu blogue para escolher o logo ou imagem vencedora.

Acho uma ideia muito gira, e está aberto o concurso.

Obrigado

Enviem as vossas propostas para o e-mail