Boa tarde
meus amigos,
Espero que se
encontrem muito bem.
Há já algum
tempo que não escrevia algo no blogue.
Mas hoje
venho com um tema novo que nunca tinha antes abordado aqui.
A Linguagem Não-Verbal em
fotografias - As que se tiram para revistas ou para capas de livros por exemplo.
Hoje
deparei-me com dois exemplares, em que fico espantado como é que ainda não se
liga a estes pormenores tão importantes e que fazem tanta diferença na mensagem
que se quer passar, e que podem até fazer com que não nos apeteça comprar o
livro.
Porquê?
Porque a
mensagem engana-nos.
Vejamos o
primeiro exemplo,
O livro de
Camilo Lourenço.
Apesar do
tema actual e que provavelmente vou ter gosto em ler, fiquei surpreendido na discrepância
que existe entre a mensagem de texto e a mensagem da foto.
Na linguagem
não-verbal tem de existir sempre congruência entre o que se diz e o que se
mostra.
Por exemplo,
estão numa cidade estrangeira e pedem uma informação de direcção.
A pessoa que
vos diz a direcção aponta com a mão para a direita e fala que devem seguir para
a esquerda.
Isso vai-vos
confundir. Nem que seja
por breves instantes e depois seja rectificado.
Mas a
mensagem não é clara e pode não passar.
Este exemplo
pode-vos parecer meio tonto, mas o que é certo, é que a realidade destas fotos
transmite-me o mesmo.
Ou seja, pensem
comigo.
Qual é a postura
corporal que o Camilo Lourenço está a adoptar?
Eu, vendo a imagem
sem mais nada escrito, diria que está numa qualquer esplanada, numa posição relaxada,
ou até numa sala de espetáculos apreciando um qualquer concerto de jazz.
Apoiado no
queixo, que normalmente demonstra falta de interesse. Lembrem-se de alguns
alunos quando estão numa aula que não gostam.
E o que nos diz o
texto?
O título do livro
é Saiam
da Frente.
Que me passa uma
mensagem de um furacão que vai levar tudo o que aparecer na frente.
O subtítulo na minha leitura, é como se o
autor estivesse a dar um soco na mesa de “Basta e que isto tem de acabar”.
Altura de afastar
os que representam algo que Camilo Lourenço quer levar à frente tal é o seu
descontentamento.
Mas depois na
foto, que é o que mais chama atenção visual no livro, está numa postura
relaxada.
Afinal, no que
ficamos? É furacão ou está a apreciar o concerto?
Só o saberemos,
se passarmos da capa. Mas, o apelo pode desvanecer.
E longe de mim
evitar que com isto não leiam o livro. Respeito imenso o trabalho e não tenho qualquer idéia dos factos lá mencionados.
O meu ponto é o
de demonstrar como uma foto mal escolhida, principalmente numa capa pode influenciar
todo um trabalho que se encontra lá dentro.
Há quem diga que
são pormenores, eu digo que é o que faz a diferença ;)
No segundo livro,
o de Ricardo Costa, vou ser mais conciso.
É a típica pose empresarial. O cruzar de
braços que tão erradamente muitos adoptam.
Meus amigos,
NUNCA cruzem os braços desta maneira para uma foto, a não ser que queiram passar essa imagem.
O problema é, que
as pessoas quando tiram este tipo de fotos assumem esta posição como uma pose
de Poder, importância e estatuto, quando o que estão a fazer é a criar
genuinamente uma barreira entre eles e os outros.
Aqueles braços
são um obstáculo defensivo, protector para quem vê.
Ricardo Costa
assim, diz-me que não está acessível e está fechado, e isso não me parece coerente
para quem quer comunicar com o leitor.
Ah e mais uma
coisa, também não é uma pose que demonstre poder.
Boas Leituras