sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Linguagem Não-Verbal - Os erros que se cometem nas fotos - Capas de Livros

Boa tarde meus amigos,  

Espero que se encontrem muito bem. 

Há já algum tempo que não escrevia algo no blogue.

Mas hoje venho com um tema novo que nunca tinha antes abordado aqui. 

A Linguagem Não-Verbal em fotografias - As que se tiram para revistas ou para capas de livros por exemplo. 

Hoje deparei-me com dois exemplares, em que fico espantado como é que ainda não se liga a estes pormenores tão importantes e que fazem tanta diferença na mensagem que se quer passar, e que podem até fazer com que não nos apeteça comprar o livro. 

Porquê?

Porque a mensagem engana-nos.


Vejamos o primeiro exemplo, 

O livro de Camilo Lourenço. 

Apesar do tema actual e que provavelmente vou ter gosto em ler, fiquei surpreendido na discrepância que existe entre a mensagem de texto e a mensagem da foto. 

Na linguagem não-verbal tem de existir sempre congruência entre o que se diz e o que se mostra. 

Por exemplo, estão numa cidade estrangeira e pedem uma informação de direcção. 

A pessoa que vos diz a direcção aponta com a mão para a direita e fala que devem seguir para a esquerda. 

Isso vai-vos confundir. Nem que seja por breves instantes e depois seja rectificado. 

Mas a mensagem não é clara e pode não passar.

Este exemplo pode-vos parecer meio tonto, mas o que é certo, é que a realidade destas fotos transmite-me o mesmo.

Ou seja, pensem comigo.

Qual é a postura corporal que o Camilo Lourenço está a adoptar?
Eu, vendo a imagem sem mais nada escrito, diria que está numa qualquer esplanada, numa posição relaxada, ou até numa sala de espetáculos apreciando um qualquer concerto de jazz.

Apoiado no queixo, que normalmente demonstra falta de interesse. Lembrem-se de alguns alunos quando estão numa aula que não gostam.

E o que nos diz o texto?

O título do livro é Saiam da Frente.

Que me passa uma mensagem de um furacão que vai levar tudo o que aparecer na frente.

O subtítulo na minha leitura, é como se o autor estivesse a dar um soco na mesa de “Basta e que isto tem de acabar”. 

Altura de afastar os que representam algo que Camilo Lourenço quer levar à frente tal é o seu descontentamento. 

Mas depois na foto, que é o que mais chama atenção visual no livro, está numa postura relaxada. 

Afinal, no que ficamos? É furacão ou está a apreciar o concerto?

Só o saberemos, se passarmos da capa. Mas, o apelo pode desvanecer.

E longe de mim evitar que com isto não leiam o livro. Respeito imenso o trabalho e não tenho qualquer idéia dos factos lá mencionados.

O meu ponto é o de demonstrar como uma foto mal escolhida, principalmente numa capa pode influenciar todo um trabalho que se encontra lá dentro. 

Há quem diga que são pormenores, eu digo que é o que faz a diferença ;)


No segundo livro, o de Ricardo Costa, vou ser mais conciso.

É a típica pose empresarial. O cruzar de braços que tão erradamente muitos adoptam. 
Meus amigos, NUNCA cruzem os braços desta maneira para uma foto, a não ser que queiram passar essa imagem.


O problema é, que as pessoas quando tiram este tipo de fotos assumem esta posição como uma pose de Poder, importância e estatuto, quando o que estão a fazer é a criar genuinamente uma barreira entre eles e os outros. 

Aqueles braços são um obstáculo defensivo, protector para quem vê. 

Ricardo Costa assim, diz-me que não está acessível e está fechado, e isso não me parece coerente para quem quer comunicar com o leitor.

Ah e mais uma coisa, também não é uma pose que demonstre poder.

Boas Leituras 

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